A Spalatino. Em 16 de Junho de 1525.
A George Spalatino, servo de Deus, seu irmão em Cristo.
Graça e paz. Meu querido Spalatino, com Catarina von Bora tapei a boca aos que me difamam. Se lhe for conveniente preparar um banquete em testemunho deste meu matrimônio, será proveitoso que não somente esteja presente, mas também cooperes, se houver necessidade de carne. Entretanto, dá-nos tua benção e interceda por nós.
Com esta boda tenho-me feito tão desprezível e depreciado, que tenho esperança de que os anjos do céu riam e chorem todos os demônios. Os sábios não conhecem o mundo, nem o bom e sábio amor de Deus e somente em mim veem como um ímpio e diabólico. O melhor de tudo é que com este matrimônio se condena a incomodada opinião de todos quantos se empenham em continuar ignorando a Deus.
Adeus e rogue por mim.
Wittenberg, sexta-feira após o dia da Trindade, 1525.
Extraído de Teófanes Egido, org., Lutero – Obras (Salamanca, Ediciones Síguime, 4ª ed., 2006), p. 401.
Tradução com introdução e notas em 17 de Março de 2014.
Rev. Ewerton B. Tokashiki
Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Porto Velho
Professor de Teologia Sistemática do SPBC-RO.
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